Saúde alerta sobre os riscos e as consequências do hábito de fumar

Especialista explica que o vício causa dependência química e psicológica

Manaus – A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. Isso porque fumar está relacionado a uma série de doenças graves, como câncer, cardiovasculares e respiratórias. Especialista, alerta que existem mais de 50 doenças relacionadas ao consumo de tabaco.

(Foto: Douglas Santos/SES-AM)

Fumar é um hábito que pode trazer graves consequências para a saúde. Apesar de os perigos do tabagismo serem amplamente conhecidos, muitas pessoas ainda não conseguem abandonar o vício. A pneumologista Joycenea Matsuda, que atua na Policlínica Cardoso Fontes, destaca as principais consequências causadas pelo uso do cigarro e, também, as medidas que podem ser tomadas para prevenir esses problemas.

“Estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não fumantes apresentam dez vezes mais risco de adoecer de câncer de pulmão, e de sofrer um infarto do coração ou derrame cerebral, além de desenvolver bronquite ou enfisema pulmonar”, disse a médica.

Crianças são particularmente suscetíveis ao tabagismo passivo e têm um risco aumentado de desenvolver doenças respiratórias, doença do ouvido médio e a síndrome da morte súbita infantil. Mulheres grávidas expostas ao tabagismo passivo correm um risco maior de terem um bebê natimorto, com malformações congênitas ou com baixo peso ao nascer, como complementa a profissional.

“Ao respirar a fumaça do cigarro, os não fumantes correm o risco de terem as mesmas doenças que o fumante. As crianças, especialmente as mais novas, são as mais prejudicadas”, explica a pneumologista.

Prevenção e controle

A melhor medida para as consequências do tabagismo, é basicamente parar de fumar. O tratamento do tabagismo envolve diversas estratégias, como terapia comportamental, medicamentos e apoio social. Além disso, é importante evitar o contato com a fumaça do cigarro em ambientes fechados e adotar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos.

Acompanhamento

Para realizar o tratamento, o paciente pode procurar as unidades de atenção básica, onde serão encaminhados para os ambulatórios de tratamento ao fumante. Esses espaços fornecem o suporte profissional e medicamentoso necessário para cessação do tabaco de indivíduos que desejam parar de fumar.

O FormSus aponta que a maioria dos tabagistas que procuraram atendimento nos ambulatórios foi de homens na faixa etária entre 18 e 60 anos. Na estimativa de 2022, de 413 pessoas atendidas na 1ª consulta, 180 chegaram sem fumar na 4ª sessão.

O Departamento de Prevenção e Controle do Câncer (DPCC) da FCecon é responsável por coordenar as atividades do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, que inclui treinamento para profissionais que atuam nos ambulatórios de tratamento ao fumante, além de profissionais da área de educação para trabalhar os Fatores Externos de Risco do Câncer, cujo principal é o tabagismo.